A tempos tinha o sonho de fazer longas Trips com meu Fusca, por muitas vezes fui desanimado por amigos dizendo que um 1200 original não “aguentaria” longas distancias, que o carro iria voltar de guincho e tal.
Isso de certa forma me
incentivou a emplacar o desafio e quando minha namorada topou foi apenas
questão de escolher o local, a data e partir. Logo veio a cabeça porque não
Paraty? Lugar bonito, não tão longe e ainda de quebra atravessaria minha
primeira divisa de estado com o “MilleDuke”.
Começamos a ver rotas e
como faríamos, decidimos um “bate-volta” no feriado de primeiro de maio,
sairíamos logo cedo em direção ao Rio,
iríamos pelo interior e voltaríamos pelo litoral, nada mais perfeito pra testar o carro.
iríamos pelo interior e voltaríamos pelo litoral, nada mais perfeito pra testar o carro.
No dia acordamos logo
cedo e fomos ao encontro de nosso destino, Rod. Castelo Branco e Rod. Pres
Dutra dois tapetes,
concedidas a iniciativa privada e com alguns pedágios pelo caminho não poderia ser diferente, pela estrada começamos a ver as placas indicando Aparecida/SP, como não havia um roteiro definido para nossa viagem resolvemos pegar o acesso e passar para conhecer a maior igreja do pais!
concedidas a iniciativa privada e com alguns pedágios pelo caminho não poderia ser diferente, pela estrada começamos a ver as placas indicando Aparecida/SP, como não havia um roteiro definido para nossa viagem resolvemos pegar o acesso e passar para conhecer a maior igreja do pais!
Em Aparecida/SP ficamos
impressionados com o tamanho de tudo, a Basílica é enorme, vale a pena
conhecer, mas como havíamos dois dias antes ido ao Templo Zu Lai (Cotia/SP),
tudo aquilo pareceu um pouco capitalista de mais, um espaço comercial imenso,
com varias lojinhas, uma praça de alimentação com todos os tipos de comida,
muitas pessoas mais importadas com o “status” de estar lá e com o prazer de
gastar seu dinheiro em todos os tipos de suvenir do que propriamente para o
aspecto religioso.
Fiquei muito chateado ao
estar indo em direção a imagem da Santa e ver várias pessoas subindo a rampa de
joelhos, porém quando estávamos saindo vimos uma senhora com dificuldade
segurando a cadeira de rodas de uma outra senhora e todos passavam por elas
completamente alheios, acho que deveríamos ajudar ou próximo ao invés de nos
auto flagelar, Deus ficaria bem mais contente.
Voltamos para o carro e
tiramos um cochilo, carregamos o celular no banheiro e saímos de lá para
continuarmos nossa viagem, em Guaratinguetá/SP pegamos a Estrada Real sentido
Cunha/SP, muitas curvas e uma vista linda, muito verde até chegar a uma cidade
no meio das montanhas onde o Fusca pode se sentir em casa, visto que a cidade é
considerada a capital dos fuscas, vimos muitos por lá.
A estrada ia bem, encontramos uma linda cachoeira no meio do nada paramos para algumas fotos e logo continuamos o caminho chegamos à divisa de estado, a alegria era imensa quase não podíamos acreditar,
realmente estávamos no Rio! Mas depois da curva descobrimos que o trecho de
Paraty da estrada na verdade é uma Trilha, terra e muitos buracos rodeados de
muito verde, valeu muito a pena e quem diria o fusquinha foi muito bem,
inclusive deixando carros novos para trás.
Chegada a Paraty foi
linda, entramos na cidade pela “parte nova”, que chama assim porque têm só uns
200 anos, porque tinha casas muito lindas. Fomos andando por uma rua que acaba
dentro do Centro Histórico, que com varias construções antigas deixa a paisagem
fantástica, quase caímos algumas vezes pelo calçamento feito na época da
escravidão.
Uma breve aula de
historia, até onde li esses calçamentos são origem de um “problema urbano”,
visto que os navios quando vinham de Portugal pegar o ouro que vinha de Ouro
Preto/MG, viajavam com seus porões cheios de pedras, para evitar que o navio
tomba-se, chegando em terras tupiniquins descarregavam as pedras em Paraty/RJ e
carregavam com as riquezas, assim esses seixos foram se acumulando e por ordem
de algum Barão, que percebeu uma solução para o problema, os escravos começaram
a calçar as ruas com esse material.
Paramos para
jantar no único restaurante que descrevia em sua entrada que tinha pratos
vegetarianos, atendimento bem legal, enquanto esperávamos nossa massa
aproveitamos para tomar uma caipirinha feita com uma das cachaças fabricadas
por lá mesmo, uma boa pedida para quem passar por lá, o macarrão chegou e
estava uma delicia, o prato para uma pessoa alimentava umas três pessoas.
Demos mais uma
volta e voltamos para a estrada, como havíamos pensado encaramos a Rio-Santos,
uma pena que já havia anoitecido, pois dizem que a vista é linda, seguimos
passando por Ubatuba/SP e Caraguatatuba/SP, esta ultima pudemos ver a orla da
praia toda iluminada se não fosse o cansaço teríamos dado uma parada, pois a
vista era incrível, seguimos até a Rodovia dos Tamoios, muitas curvas e muito
mais verde, mas dessa vez com asfalto.
Chegando na
Rod. Ayrton Senna nos demos conta que estava tudo acabando, voltamos a pista
lisas e ao velho cinza das grandes cidades, mas ao invés de tristeza a vontade
de logo voltar para a estrada nos tomou conta no caminho até a capital.
Qual será a
próxima . . . ?
Amigo, eu faço a mesma coisa com o meu Fusca, um 76, já fui a muito lugar por aí, e vou te dizer uma coisa: o carrinho aguenta.
ResponderExcluirMeu blog é o http://viajandodefuscaporai.blogspot.com, está meio parado mas vou começar a colcoa minhas viagens nele, tem muita coisa boa, inclusive já passei por esta estrada de Cunha vindo de Parati debaixo de chuva, foi uma aventura, mas o meu herbie se saiu bem.
Vamos mantendo contato, quem sabe a gente se ecnontra pelas estradas?
Grande abraço